Eis a mensagem que enviei a Bruno & família:
Prezado Bruno e família
Deixar a Sociedade Torre de Vigia é como o sobrevir das dores de parto.
Primeiro,algumas contrações, aqui e ali, as quais vão gradualmente,
intensificando-se, até atingir um clímax, pelo qual eu creio que vocês já
passaram, quando de seus primeiros questionamentos sobre a idoneidade moral da
organização com a qual estiveram envolvidos por anos, e que regeu suas vidas.
Todavia, como disse uma vez um médico obstetra, "dor de parto é dor
esquecida, pois, caso não o fosse, toda mulher só seria mãe a primeira
vez". Diante do rebento sobre seu regaço, a anteriormente aflita mulher dá
lugar agora à mãe feliz em acalentar seu bebê. De modo comparativo, eu
afirmo, uma "filha" está, por assim dizer, a nascer deste processo
nefasto e doloroso que lhes está sendo imposto pelos representantes da Sociedade Torre de Vigia
como preço pelo seu direito de pensar de modo independente. O nascituro deste
processo é a LIBERDADE. Vocês estiveram, como os demais, a viver em uma condição
semelhante ao pássaro cativo, habituado aos limites impostos pelas barras da
gaiola. Além de serem condicionados a se resignar à limitação à sua
liberdade de pensamento, a pobre vítima TJ é ensinada a temer tal exercício
do livre-arbítrio como algo potencialmente MORTÍFERO, pois o "Armagedon"
está às portas (HÁ MAIS DE UM SÉCULO, DIGA-SE) para destruir todo aquele
capaz de questionar os ensinamentos do corpo governante, apesar das tolices
ensinadas por esta entidade por décadas.
É
irônico, pois apesar de não ensinar a doutrina do inferno de fogo, a Sociedade Torre de Vigia
não deixa de ter seu equivalente, a saber, o assim chamado "FIM",
para o qual já atribuíram diversas datas fracassadas, com o intuito de manter
o senso de "urgência" e, naturalmente, a PRODUTIVIDADE de seus
membros, apavorados com a possibilidade da "destruição eterna" ou
"segunda morte".Deste modo "fabricam-se" mais pioneiros,
mais servos, mais anciãos etc. Como resultado, mais gráficas, mais prédios,
mais propriedades, mais investimentos, mais donativos, MAIS LUCRO. A Sociedade Torre de Vigia
critica a Igreja Católica por manter seus membros, por séculos, como escravos
do medo. Entretanto, reservada para qualquer um que ouse tornar-se dissidente de
Brooklyn, está a EXECRAÇÃO pública, e, a ela associada, a terrível
perspectiva do fogo eterno da parte do Todo-Poderoso. Ela tem até o seu
correspondente à excomunhão, ou seja, a desassociação, a qual promove o
indivíduo à condição de leproso social.
A pedagogia do terror não é coisa nova no mundo. Egito, Assíria, Babilônia,
Roma e outras nações outrora dominaram o mundo e o mantiveram submisso pela
força de suas lanças. Portanto, não é grande coisa que instituições
humanas, no seu instinto coletivo de auto-preservação, façam uso da intimidação
para manter sua identidade, ESMAGANDO, se necessário, o indivíduo, pois, o
importante é o TODO.
Prezado Bruno e família, vocês JÁ ESTÃO LIVRES! Sabem por quê? Porque
suas mentes estão livres. Se alguém tiver a mente de outrem cativa, terá também
seu corpo cativo. A Sociedade Torre de Vigia já não mais tem condições de
ocultar os fatos. A máscara caiu. O erro não deseja ser investigado. Porisso a
congregação precisa manter longe da mente de suas vítimas os fatos que
levaram você e sua família a NÃO MAIS serem cúmplices desta FARSA. Vocês
estão de volta ao mundo, do qual, de fato, NUNCA SAÍRAM, pois continuaram a
ser pessoas comuns o tempo todo, como as demais que andam pelas ruas, e não
seres especiais, "escolhidos", numa filosofia que mais lembra o
arianismo alemão de 1933-1945. Na nossa sociedade já existem discriminações
demais: ricos e pobres, negros e brancos, e, como se já não bastasse, TJ e
"mundanos". Chega disto! Sejamos apenas humanos...
Não pensem que o mal existe apenas aqui. Tanto o bem quanto o mal estão
em QUALQUER LUGAR. O mal estava lá o tempo todo também. Vocês só estavam
EMOCIONALMENTE impedidos de percebê-lo. Bons pais, filhos e cônjuges
podem existir lá na congregação ou em um templo adventista ou em ínumeros
outros lugares. Às vezes as coisas dão certo pelos
motivos errados. A Sociedade Torre de Vigia credita a si as virtudes de
seus membros , mas credita ao demônio as atitudes contraditórias destas mesmas
pessoas a quem conduz. Ou seja, se o indivíduo permanecer na retidão, o mérito
é da Sociedade Torre de Vigia, mas se se desviar o demérito não é. Deste
modo a Organização mantém-se sempre isenta de responsabilidade pelas sandices
praticadas por alguns de seus membros. Isto faz parecer a seus membros como
estando dentro de um organismo perfeito, infalível, pois, todo aquele que se
desvia "não era dos nossos". Os bons são "nossos", os maus
são "do mundo"...
Perguntas- Se você e sua esposa são, em parte, responsabilizados pelo
proceder insensato de sua filha, a
qual já não é mais uma criança, então POR QUE A ORGANIZAÇÃO NÃO É
IGUALMENTE RESPONSABILIZADA POR VOCÊS SEREM QUEM SÃO E AGIREM COMO ESTÃO
AGINDO? Não é pelas próprias atitudes dos homens de Brooklyn que vocês estão
a tropeçar? Será você, como pai, menos responsável por sua filha do que a Sociedade Torre de Vigia
por seus filhos? Renegaria você sua filha? Então por que a organização
"mãe" está a difamá-los? Você faria isto à sua filha?
Árvores podres são reconhecidas pelos seus frutos. Quais são são os
"frutos" da Sociedade Torre de Vigia??? Comeria você de tais
"frutos"?
"CONHECEREIS A VERDADE E A VERDADE VOS LIBERTARÁ"
... a todos,
Odracir
A seguir, a
comovente resposta de Bruno e sua família:
Nosso amigo Odracir,
Queremos agradecer as palavras que você nos dirigiu.
Você talvez possa imaginar o enorme efeito que elas tiveram sobre nós. Muitíssimo
obrigado. Todos nós envolvidos lemos e relemos sua mensagem agora pela manhã e
estamos nos sentindo muito revigorados para prosseguir nossa marcha à caminha
da libertação das rédeas da organização cujo nome se transformou em sinônimo
de pressão, opressão e terror mental.
Minha filha que é uma adulta equilibrada e muito
preparada, não pôde no entanto, conter as muitas lágrimas de emoção
enquanto lia as suas palavras de compreensão que você teve ao nos escrever, e
o carinho e o cuidado e nos enviar tanto conforto emocional. Todos nós em família,
os quatro, ao acabarmos de ler suas colocações, fizemos um minuto de silêncio,
quebrado pela voz suave de minha esposa que falou apenas: esse Sr. sabe muito
bem do que está falando, e pelo que estamos passando. Parece nos conhecer há
muitos e muitos anos e não errou em absolutamente nada. É tudo como realmente
assim como ele descreve.
Meu amigo Odracir, são as pessoas como você que têm
nos feito ver que, o amor às pessoas e a preocupação pelo bem-estar delas não
é exclusividade da organização da qual estamos nos afastando a cada minuto. O
que é pior, a maior parte do que se diz lá dentro sobre isso é apenas eloqüência
dos oradores.
Mais uma vez, obrigado pela força.
Bruno e família
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