Previsões Fracassadas das Testemunhas de Jeová

       "Cristãos maduros também podem se desapontar, e isto tem, em alguns casos, levado à derrocada espiritual. Alguns depositaram sua esperança em uma data, na qual tinham certeza de que o Armagedom viria. Quando nada aconteceu naquele dia, eles sentiram-se decepcionados."

                                                      Revista  A Sentinela de 15 de Abril de 1990

 

"Se estas profecias não se cumpriram, e se toda possibilidade de cumprimento já passou, então provou-se que estes profetas são falsos."

Profecia, 1929, pág. 22

 

Índice

  1. Introdução

  2. Nasce a Escatologia

  3. Russell e a Escatologia

  4. Idéias Adventistas

  5. Apocalipse Adiado

  6. Uma Análise Geral

 

 

Introdução

 

     "No entanto, o profeta que presumir falar em meu nome alguma palavra que não lhe mandei falar...., tal profeta terá de morrer." - Deuteronômio 18: 20 (grifo acrescentado)

     As palavras acima demonstram bem quão séria era a questão do dom de profecias dentre os do povo de Israel.  A penalidade deixava bem claro a qualquer pretenso profeta o que o aguardaria em caso de impostura. É compreensível que fosse assim, pois, o ofício de profeta tem uma peculiaridade que o torna particularmente perigoso - as palavras de um suposto profeta são recebidas como oriundas do próprio Deus. Nações inteiras seguiriam cegamente um profeta da mesma forma que os ratos da lenda seguiam o flautista de Hamelin. Inteiramente à mercê das palavras "proféticas", as massas poderiam ser levadas a cometer ou sofrer atrocidades. De fato, a vida de muitos seres humanos poderia estar em jogo. Sob esta perspectiva, é compreensível que a lei mosaica não deixasse alternativa a tal delito, a não ser a morte. Um falso profeta pode tornar-se assassino de milhões...

     Todavia, se por um lado, era grande a responsabilidade que recaía sobre os ombros de um suposto profeta, por outro, grande seria a responsabilidade do povo quanto a dar-lhe ou não ouvidos. O texto alertava:

     "E tem de dar-se que o homem que não escutar as minhas palavras que [o profeta] falar em meu nome, deste eu mesmo exigirei uma prestação de contas." - Deuteronômio 18: 19 (grifo acrescentado)

     Vemos, portanto, que a questão do profetizar era, naquele tempo, bastante delicada para os dois lados - tanto o anunciante como seus ouvintes corriam sério risco. Muitos profetas foram perseguidos ou até mesmo mortos. Jesus Cristo chamou Jerusalém de "matadora dos profetas e apedrejadora daqueles que lhe [foram] enviados" (Mateus 23: 37). Por outro lado, previu o surgimento de muitos falsos profetas (Marcos 13: 22). Séculos antes dele, homens como Jeremias, Isaías e outros haviam sofrido intensamente como profetas. Todavia, nos dias de Cristo, alguns arvoraram-se em porta-vozes de Deus, causando bastante tumulto entre os judeus. O livro de Atos - cap. 5 e versículos 36 e 37 - menciona, pelo menos, dois destes, Teudas e Judas. Com o advento do cristianismo e a expectativa de "dons do Espírito Santo" (Pentecostes, 33 E.C.) - entre eles, o dom da previsão - pretensos 'profetas' começaram a surgir de todos os lados. Novamente as pessoas ficavam em um dilema: seguir um falso profeta ou repudiar um verdadeiro. O problema atingiu uma dimensão tal que o apóstolo Paulo enviou advertências às congregações, alertando-as para o perigo de se deixarem levar pela palavra de indivíduos inescrupulosos que interpretavam as Escrituras a seu próprio modo. Em sua segunda carta a Timóteo - cap. 2 e versículos 17 e 18 - ele menciona dois desses indivíduos, Himeneu e Fileto. Também, em sua carta aos cristãos de Tessalônica, ele os adverte especificamente quanto a ficarem empolgados com "uma expressão inspirada... [ou] uma mensagem verbal" sugerindo a volta do messias (2 Tessalonicenses 2: 1-3). Vemos, assim, que lidar com pretensos profetas ou interpretadores das profecias é um problema que acompanha a congregação cristã desde seus primórdios. Mas, que dizer dos séculos seguintes?

 

Nasce a Escatologia

  Início

     A História tem revelado, ao longo das eras, um quadro não muito diferente daquele descrito nos dias do apóstolo Paulo. Já no primeiro século, por meio de rabinos judeus, veio à luz aquilo que convencionou-se chamar escatologia - a interpretação das passagens bíblicas que apontam para eventos cataclísmicos, indicadores da vinda do messias e do restabelecimento do Reino de Israel. Rabinos como Akibah ben Joseph (50 - 132 EC), Nahawendi, Solomon ben Jeroham, Rashi e diversos outros apontaram como biblicamente significativos os anos de 968, 1260, 1352, 1358 e vários outros. O primeiro dessa lista - ben Joseph - passaria para a história como o promotor do princípio "dia-ano", segundo o qual os "dias" proféticos da Bíblia correspondem, na realidade, a anos literais. Sem saber, o rabino fez escola - sua "fórmula" seria usada séculos à frente, tanto por Judeus como por Cristãos. Desse modo, o trabalho dos rabinos do primeiro século constitui um importante marco na história da escatologia.

     O que se tem observado desde então é um processo cíclico - o "alvoroço" profético inflama-se a cada período crítico da história humana, naufraga no fracasso das datas apontadas para os eventos bíblicos e adormece por um tempo. Tão logo o mundo volte a enfrentar turbulências - elas inevitavelmente retornam de tempos em tempos - a "pirotecnia" profética reacende-se e inicia novo ciclo. Foi assim na época das cruzadas, durante a Revolução Francesa e durante as duas guerras mundiais do século 20. Um aspecto significativo é que as gerações busquem situar os cumprimentos proféticos sempre dentro de sua própria época. Do contrário, que interesse despertariam as previsões?

     Por volta do século 12, autores cristãos partiram de onde os rabinos haviam começado, iniciando nova série de especulações sobre a data para o 'fim dos tempos'.  Estudiosos das profecias, como Joaquim de Flora (1130-1202), Arnold de Villanova (1235-1313) e dezenas de outros que se seguiram  propuseram novas datas para o cumprimento das profecias de Daniel e Apocalipse, arrebanhando muitos adeptos ansiosos para presenciar os espetaculares eventos. O leitor poderá ter a real noção da quantidade de cálculos escatológicos por examinar o quadro abaixo, no qual acham-se listadas 37 previsões cujos autores viveram do século 12 ao 19. É importante frisar que estas foram feitas segundo uma linha de cálculo comum, retratando apenas uma fração dos prognósticos deste período de 700 anos. Ao examinar cada data, pergunte-se o leitor - qual delas cumpriu de forma clara e incontestável as profecias bíblicas? Todas ou nenhuma?

     

Autor Data Proposta

Joaquim de Flora

1260
Arnold de Villanova 1364
Walter Brute 1394
Martinho Lutero 1328
A. Osiander 1672
J. Funck 1521
G. Nigrinus 1701
Aretius 1572
John Napier 1576
D. Pareus 1866
J. Tilinghast 1656
A. Artopaeus 1520
Cocceius 1552
T. Beverley 1697
P. Jurieu 1714
R. Fleming 1848 e 2000
W. Whiston 1866
Daubuz 1736
J. P. Petri 1847
Lowman 2013
J. Gill 1866
H. Wood 1880
J. Bicheno 1789
Fraser 1998
G. Bell 1797 e 1813
E. King 1798
Galloway 1849
W. Hales 1880
W. Cuninghame 1792
G.S. Faber 1866
J.H. Frere 1792
L. Way 1791
W.C. Davis 1848
J. Bayford 1789

J. Fry

1797

J.A. Brown

1844

     Chamamos a atenção do leitor para o último autor listado acima - John Acquila Brown - pois ele tem papel fundamental na estrutura doutrinária das Testemunhas de Jeová, muito embora a maioria delas não esteja consciente disso. O nome dele é mencionado na obra Proclamadores, pág.134, muito embora o livro afirme que ele relacionara as profecias de Daniel e Lucas - algo que não parece estar de acordo com as provas documentais da época. Seu cálculo apontava para o ano de 1844 e foi aceito pelos seguidores do pastor William Miller - mais tarde chamados Adventistas. Historicamente, diversos movimentos religiosos originaram-se do Adventismo, entre eles a Igreja Adventista do Sétimo Dia, a Igreja Mundial de Deus e as Testemunhas de Jeová. Há um notável paralelo em sua escatologia. As duas últimas chegaram a apontar uma mesma data para o Armagedom ('fim do mundo') - 1975. À guisa de exemplo, vejamos alguns trechos extraídos de obras destas três instituições:

"O aumento fenomenal da guerra, do crime, da violência e do medo são todos sinais da Segunda Vinda de Cristo."

Robert Pierson, escritor Adventista do 7o. Dia

"Todos os sinais apontam para o fato de que nós estamos vivendo no 'Tempo do fim' da presente civilização."

Igreja Mundial de Deus, em uma carta a um leitor da revista Plain Truth ("A Pura Verdade")

"Tem havido  guerras, escassez de alimentos, terremotos e pestilências ao longo dos séculos da Era Comum até 1914... Todavia, não tem havido nada que se compare com o que tem ocorrido desde... aquele momentoso ano."

A Sentinela de 1/2/1985 (em inglês)

     A similaridade das declarações acima faz parecer que elas têm a mesma origem. Muito embora originem-se de religiões diferentes, partem de um tronco comum - o Adventismo anglo-americano do século 19. Deve o leitor confiar nas informações dessas fontes? Afinal, como distinguir palpite de profecia?

     Os antigos israelitas enfrentavam a mesma questão. No entanto, a própria Bíblia contém a resposta. Reportemo-nos ao texto de Deuteronômio, examinado no início deste artigo:

"E caso digas no teu coração: 'Como saberemos qual a palavra que Jeová não falou?', quando o profeta falar em nome de Jeová e a palavra não suceder nem se cumprir, esta é a palavra que Jeová não falou. O profeta proferiu-a presunçosamente. Não deves ficar amedrontado por causa dele." - Deuteronômio 18: 21,22 (grifo acrescentado)

     Um exame das previsões anunciadas por Charles Russell e seus sucessores poderá lançar uma luz sobre este tema, permitindo ao leitor decidir por si mesmo e com base nos fatos em que categoria enquadrar este movimento religioso.

 

 Russell e a Escatologia

  Início

     Charles Taze Russell - o iniciador do movimento hoje conhecido do público como Testemunhas de Jeová - não demonstrara interesse por escatologia desde o princípio de seu ministério. Seu nascimento se deu cerca de oito anos após o grande desapontamento do movimento Adventista - o fiasco de 1844. De modo que, já na infância, ele ouvira falar deste evento - William Miller, um pastor batista anunciava a volta de Jesus Cristo para aquela data. Milhares apegaram-se a esta esperança e viram seus sonhos se reduzirem a pó. A frustração teve efeito devastador para muitos adeptos do movimento, ocasionando o abandono de boa parte deles, bem como a fragmentação do grupo original em diversos ramos menores - vários deles propondo novas datas. Certamente o conhecimento destes fatos produziram certa medida de ceticismo no jovem Russell. Todavia, anos no futuro ele próprio envolver-se-ia em expectativas semelhantes.

     Russell foi criado como Presbiteriano e, mais tarde, afiliou-se à Igreja Congregacional. Porém, por volta dos 16 anos de idade, teve uma crise de fé e abandonou sua religiosidade. Cerca de um ano depois, em 1869, recobrou a fé após assistir um culto Adventista em uma sala na rua do comércio dos Russell. Ele criaria seu próprio grupo no ano seguinte. Ele estava ciente de que alguns Adventistas esperavam a 'segunda vinda' de Cristo para 1873 ou 1874, mas, a princípio,  não levou estes números a sério. Na verdade, seu encontro com a escatologia se deu dois anos após mais este fiasco - em 1876. Por volta dessa época, Russell se deixara influenciar pelas idéias  de Joseph Seiss - um pastor luterano da Pensilvânia - o qual reacendeu uma antiga teoria: a vinda do Senhor se daria de forma invisível. Casualmente chegou às mãos de Russell uma publicação de um Adventista cuja noção nesse respeito lhe era familiar. Tratava-se de Nelson Barbour - um ex-seguidor do pastor Miller. Ele esperara a vinda do messias para o ano de 1874. Como nada aconteceu naquele ano, ele compensou o desapontamento por reinterpretar o fenômeno da volta de Cristo como um acontecimento invisível aos olhos físicos. Assim, ele passou a divulgar seus achados em um periódico, Herald of the Morning [Arauto da manhã], o mesmo que chegaria às mãos de Russell. A partir e só a partir do encontro com Barbour - em Filadélfia - Russell  abraçaria a escatologia como estandarte de seu movimento. Exatamente quais idéias Russell tomaria emprestadas de Barbour? Vejamos.

 

Idéias Adventistas

  Início

      Eis, resumidamente, os cálculos de Barbour, mais tarde adotados por Russell:

OBS: para mais detalhes sobre cronologia, consulte http://www.geocities.com/torredevigia/historia.htm

      Antes de qualquer coisa, é preciso que se diga - nenhuma dessas idéias é original. Conforme vimos, o esboço de tais cálculos já vinha se definindo séculos antes de Russell nascer. O cálculo de Nelson Barbour era apenas mais um dentre uma infinidade de projeções possíveis. Inúmeras tentativas foram feitas ao longo dos séculos, partindo de eventos distintos e aplicando períodos "proféticos" distintos. Alguns - inclusive os primitivos Pais da Igreja - interpretaram os "dias " bíblicos como literais, enquanto outros grupos aplicaram o princípio "dia-ano". O resultado - datas e eventos para todos os gostos. A pessoa poderia escolher uma previsão ou rejeitar todas, afinal, tudo era uma questão de fé. Vejamos as principais datas defendidas por Russell e alguns de seus predecessores:

     As datas acima foram obstinadamente defendidas por Russell até sua morte, em 1916. Todavia, o cronograma acima tornou-se totalmente obsoleto. Nenhuma Testemunha de Jeová o defende hoje em dia e boa parte dos adeptos nem ao menos o conhece. Em outras palavras, nem sequer uma dentre as previsões acima materializou-se.

     Há, ainda, uma dificuldade adicional: uma das datas acima, 606 AC - apontada como marcando a destruição de Jerusalém por Nabucodonosor - não tem qualquer base histórica ou arqueológica. Nenhuma enciclopédia no mundo lhe dá suporte. Nenhum historiador a defende. Todo o peso das evidências coletadas até hoje aponta para cerca de vinte anos mais tarde, ou seja, 586/587 AC. 

 

Apocalipse Adiado

Início

     Mesmo diante do fracasso óbvio das previsões anteriormente descritas, os sucessores de Russell não se deram por vencidos. Todo o cronograma "profético" foi convenientemente reformulado e novas datas foram propostas. O Armagedom fora, por assim dizer, adiado. Por agirem assim, perpetuaram o ciclo anteriormente descrito - previsão, fracasso e nova previsão. Eis as datas seguintes, validadas entre 1917 e 1942:

 

     Este novo cronograma não permaneceria intocado por muitos anos. Novamente, nenhum dos eventos previstos se cumpriu (visivelmente, pelo menos). Das seis datas acima, três não têm mais qualquer significado para as Testemunhas de Jeová - 1920, 1925 e 1941. E outras duas - 1914 e 1918 - enfrentam sérias dificuldades à medida que o tempo passa. Contudo, a criatividade escatológica dos dirigentes da Sociedade Torre de Vigia - entidade jurídica das Testemunhas de Jeová - não parou por aí. A partir da década de 60, o ano de 1975 foi apontado como biblicamente significativo, pois havido sido detectado um erro de 100 anos no cálculo do tempo de existência do homem na terra. O ano de 1874 era, portanto descartado e 1975 ocuparia seu lugar. Mais uma onda de expectativas varreria a comunidade das Testemunhas de Jeová, da mesma forma que já ocorrera em 1914, 1918, 1925 e 1941. E, como das outras vezes, novo desapontamento se abateria sobre elas...

 

Uma análise Geral

  Início

     Bem, façamos um balanço geral da precisão "profética" da Sociedade Torre de Vigia durante sua primeira presidência. Das 12 datas-chave propostas por Russell e tenazmente defendidas por ele:

     Agora, verifiquemos o desempenho das presidências seguintes. Das sete datas-chave propostas:

     Os resultados acima são plenamente compatíveis com o método de 'tentativa e erro'. Um exame da história da escatologia, conforme vimos, dificilmente atribuirá às Testemunhas de Jeová um índice de acerto superior às dezenas de outros escatologistas ao longo dos séculos. Elas não acertaram mais do que Akibah ben Joseph, Joaquim de flora, John Acquila Brown ou Nelson Barbour. Distinguir Russell ou qualquer de seus sucessores dentre todos os autores de previsões proféticas dificilmente seria uma atitude isenta. Todavia, esta é - conscientemente ou não - a atitude de cada Testemunha de Jeová. Isso nada mais é do que um reflexo da submissão delas à Sociedade Torre de Vigia quando esta afirma receber "orientação" e "direção" da parte de Deus:

"A organização visível de Deus hoje também recebe orientação e direção teocráticas. Na sede das Testemunhas de Jeová, em Brooklyn, Nova Iorque, existe um corpo governante de anciãos cristãos... que dão a necessária supervisão.."

- Poderá Viver Para Sempre... , 1982, p. 30  (em inglês)

     Com respeito a sua cronologia, ela disse:

"Esta cronologia não é de homem algum, mas de Deus.'

- A Sentinela de 15/7/1922, p. 217  (em inglês)

     A Sociedade Torre de Vigia também afirma, referindo-se a si própria:

"Ela é a única para qual a Palavra Sagrada de Deus, a Bíblia, não é um livro lacrado... a única organização na terra que compreende as 'coisas profundas de Deus'!"

- A Sentinela de 1/1/1974, p. 18 (em português)

     

     A simples análise estatística aqui exposta é - cremos - mais do que suficiente para lançar sérias dúvidas quanto às afirmações acima. Afinal, afirmar que Deus está por trás de uma cronologia com índice de acerto ao redor de zero, indubitavelmente, é lançar descrédito sobre o próprio Deus e produzir escárnio sobre Seu poder. Se os membros do corpo governante das Testemunhas de Jeová, de fato, recebem "orientação" divina e constituem o "único" intérprete da Bíblia, seria o caso de indagar se Deus errou ou eles mesmos erraram, se Deus os conduziu ou eles próprios se conduziram. Sendo obrigados a reconhecer que eles mesmos erraram, surge uma pergunta perturbadora: poderiam as Testemunhas de Jeová estar atualmente propagando mais erros? Em caso ,afirmativo, quem responderá pelas conseqüências deles?

 

Artigo em Construção!

 

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