Caros amigos da lista,
Ainda sobre este ponto, gostaria de destacar o
seguinte:
O que está em jogo, além do destino de milhares de
jovens, é uma questão de COERÊNCIA. Veja bem, o MÉRITO sobre um cristão ser ou
não reservista é assunto polêmico, apesar de, na esfera mundial, bem poucos
grupos religiosos, não só a
Sociedade Torre de Vigia
(como ela quer fazer crer), adotarem esta
política. Só para citar um exemplo, o famoso campeão mundial de boxe Cassius
Clay, perdeu seus títulos por recusar-se a ir à guerra (do Vietnã, se não me
engano), em razão de ter-se tornado muçulmano, de onde recebeu o nome de
Mohammed Ali. Nem por isso a Sociedade Torre de Vigia
chamou à atenção de todos para a atitude
daquele homem, já que, se o fizesse, estaria glorificando o islamismo e não a
sua corrupta "organização". 'Neutralidade' parece ser um assunto digno de menção
apenas quando se trata de um membro de sua própria denominação.
Contudo, como eu dizia, existem posições
arraigadas tanto contra quanto a favor de um cristão prestar serviço militar, de
modo que a dúvida é a posição prudente quando não há provas irrefutáveis, ou
seja, o assunto é objeto de interpretações subjetivas. Ainda mais quando o que
está em jogo não é meramente uma opinião, mas a vida de milhares de jovens.
Fechar questão neste respeito é uma atitude perigosa e, por que não dizer,
irresponsável, especialmente quando o "acender e apagar de luzes" tem sido a
regra ao longo dos anos de ação da
Sociedade Torre de Vigia, sem, no entanto, responder ela pelos
prejuízos provocados por suas "sempre mutantes" opiniões anteriores, seguidas à
risca pelas suas vítimas.
Veja, o que eu pessoalmente questiono é a
dicotomia que persiste entre os infelizes membros desta seita. Senão, vejamos: o
que a
Sociedade Torre de Vigia
sempre pareceu condenar foi a conexão dos cristãos com a máquina
bélica do estado, ainda mais quando ela própria ensina que este aparato militar
corresponde, juntamente com o sistema político, à "fera" de Apocalipse,
inspirados e conduzidos por Satanás. De fato, existe até o argumento de que as
restrições impostas aos cristãos que não têm "a marca da fera" (e assim me foi
ensinado), no caso do Brasil, a cassação política, seriam o sinal identificador
daqueles que vindicam o nome de Jeová e aguardam a vinda do "milênio". A julgar
por este argumento, parece que muitos entre os "valorosos" membros da Sociedade Torre de Vigia
NÃO
vindicam o nome de Deus, pois, sob a INFAME alegação de "tempos de ignorância",
cujos frutos eles usufruem, combinada ao argumento pseudojurídico do "direito
adquirido", oriundo das leis humanas, as quais eles tanto repudiam, são eles
possuidores de um documento que os identifica como membros da reserva das forças
armadas. Se alguém, discorda, por favor pegue uma carteira de reservista e
simplesmente leia o que nela está escrito e me responda: é certo enganar as
autoridades, portando o documento, fazendo-se passar por membro da reserva
(pois é isto que o documento diz) e usufruindo seus benefícios, quando se sabe
que a instrução da Sociedade Torre de Vigia, no caso de convocação, é a DESERÇÃO? No caso do voto,
pode-se alegar que o voto nulo é um direito, muito embora seja uma imposição da
Sociedade Torre de Vigia
a seus membros. Mas, e no caso da convocação, é lícito desertar? Não diz o
texto da lei, ao qual a Sociedade Torre de Vigia
só recorre quando é conveniente, que deserção
constitui um CRIME?
Ainda neste respeito, recordo-me de um episódio
ocorrido anos atrás, quando eu ainda era membro da
Sociedade Torre de Vigia. Durante um estudo da
Sentinela, o tema em apreço era a neutralidade cristã. Lembro-me de um parágrafo
que abordava a questão do "serviço alternativo", recentemente criado em lei,
numa infrutífera tentativa das autoridades de beneficiar pessoas que, por razões
de consciência, prefeririam não portar armas. Lembro-me de erguer o braço e, EM
ACORDO com o artigo, comentar que os cristãos não podiam beneficiar-se deste
recurso, pois tratava-se meramente de um artifício para evitar o serviço militar
INICIAL, sendo que o indivíduo tinha de prestar juramento e receberia sua
carteira de reservista. O que estava em jogo, me parecia, era O SIGNIFICADO do
serviço em si, não A FORMA como seria prestado, se com um fuzil à mão ou
cuidando de doentes em uma enfermaria ou ainda trabalhando em uma repartição
pública. Neste respeito, ouvi relatos de pessoas que diziam não ter comprometido
sua neutralidade, pois postaram-se no meio de um grupo perante a autoridade e
"FINGIRAM" jurar, mas não ergueram o braço, ou não moveram os lábios, ou foram
"dispensados" deste ato por algum militar amigo da família. Achavam talvez que,
por meio deste ato ignominioso, pueril e imbecil, podiam fugir AO SENTIDO do
documento que agora tinham à mão.
Eu pergunto: por que a
Sociedade Torre de Vigia
não instou a seus
membros que eram ex-militares ou que recebiam pensões do estado a renunciar a
seus benefícios em razão de sua neutralidade? Por que recorreu ela à duvidosa
desculpa do "direito adquirido", quando NÃO É O DIREITO que está em jogo, mas a
IDONEIDADE da FONTE de onde o dinheiro provém? EU mesmo respondo: porque isto
significaria uma enorme perda de membros por se converter, com famílias perdendo
sua fonte de sustento e uma enxurrada de processos na justiça aos quais
certamente a Sociedade Torre de Vigia
não teria "fôlego" para enfrentar, com escândalos rebentando
por todo o país, obtendo péssima repercussão junto à sociedade e culminando,
quem sabe, com a proscrição de suas atividades (quem me dera) aqui também no
Brasil, a exemplo da Bulgária (onde fizeram acordo secreto espúrio) e outros
países!
Todavia, a coisa é bem pior do que eu pensava.
Recentemente, soube de infaustos rumores sobre uma "mudança" de opinião por
parte da
Sociedade Torre de Vigia
no que se refere ao assim chamado serviço alternativo. Incrédulo de
início, para meu horror constatei que o tal "boato" tinha fundamento. A Sociedade Torre de Vigia
realmente merece os títulos de mestre na arte do engodo, especialista na arte de
iludir e PhD da incoerência! Como diz a Bíblia, "coam um mosquito, mas engolem
um camêlo". Estão seus membros agora, pelo que sei, oficialmente autorizados a
burlar a lei, pois que outra coisa pode isto significar? Esqueceram-se eles do
sentido do serviço alternativo? Me parece o mesmo que alguém ser autorizado a
ingressar na máfia, sem no entanto, precisar pegar em armas. Até onde eu sei (a
menos que a Sociedade Torre de Vigia
mude mais uma vez), as forças armadas ou a máfia pertencem
ambas ao sistema corrupto de Satanás, não sendo uma melhor do que a outra, pois
ambas têm "culpa de sangue". É lícito para um cristão receber benefícios de uma,
mas não da outra? Mais uma vez eu pergunto: é lícito enganar as
autoridades???
Diante de tudo isto, meus amigos, a
Sociedade Torre de Vigia
têm caído
no ridículo, não podendo ser encarada com seriedade. Após tantos anos condenando
o sistema religioso, "Babilônia, a mãe das meretrizes", por montar a "fera
política", parece agora a própria Sociedade Torre de Vigia
ceder à tentação de sentar-se por um pouco
ao lombo do animal obsceno retratado no livro do apóstolo João. Talvez termine
como a própria "Babilônia", desmoralizada, nua, dilacerada, devorada e queimada
pela fera em cujas tetas se permite mamar!
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